sexta-feira, 18 de julho de 2008

Trabalhos

A gente pergunta e Cacá responde

"O Globo" publicou em seu site uma entrevista com o cineasta Cacá Diegues.

http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2008/07/14/voz_da_experiencia_para_fazer_cinema_preciso_ter_muita_paciencia_obsessao_diz_caca_diegues-547236894.asp

Algumas questões pertinentes, além da minha.

Como você define o cinema nacional ou que tipo de cinema o brasileiro faz? (Jocy Barreto Rangel)
Não tenho essa definição. O filme brasileiro já foi tratado como gênero cinematográfico, mas hoje ele é parte de uma cinematografia nacional diversa, onde cabem todos os gêneros ou a contestação a eles. Talvez devamos dizer que é brasileiro todo filme realizado no Brasil, com um interesse qualquer por esse país e por seu povo.

Quando vamos e como ter um cinema auto-sustentável no Brasil? (Saulo Nogueira Machado)
CACÁ:Essa é a meta que suponho essencial para a consolidação do cinema brasileiro. Mas ela ainda não é viável, pelas condições existentes: ausência de um circuito popular de exibição, ausência de nossos filmes na televisão brasileira, ausência de uma política de exportação dos filmes, ausência de controle e ousadia no mercado de vídeo doméstico. E essas questões não podem ser resolvidas sem a participação ativa do estado.

Você não acha que está faltando no Brasil mais cineastas de invenção, invenções de novos universos? O cinema esta muito acomodado no realismo, na tentativa de reproduzir com fidelidade máxima a vida "real". O que o senhor pensa sobre o assunto? (Paulo Tiefenthaler)
CACÁ: O realismo no cinema contemporâneo está se tornando um cânone às vezes paralisador. É claro que existem alguns cineastas que fazem do naturalismo verdadeiros poemas, cheios de humanismo e emoção, como Abbas Kiarostami ou Jia Zhang-Ke; mas é verdade também que o realismo se tornou uma moeda da globalização, capaz de ser trocada em qualquer feira internacional. E com isso, muitas vezes, a imaginação sai perdendo. Sinto certa falta dela no cinema.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Recrutamento 3.0

Uma nova era para o recrutamento.

http://www.visualcv.com/ - Transforma seu currículo em perfil semelhante ao usado em redes sociais. E dá pra saber quem leu o currículo digital.

http://www.notchup.com/ - Um site que as empresas pagam para te entrevistar. Isso mesmo, porém, candidatos a executivos. A página é fechada e apenas o usuário pode convidar, e ele ganha 10% de cada entrevista que o indicado participar.

fonte: Época Negócios Jul/2008

domingo, 2 de setembro de 2007

Sem comentários, nada a declarar? Não no Mundo 2.0

Atualmente, não cabem mais as simples respostas "sem comentários, nada a declarar". Todo mundo quer respostas. Seja o simples operário como o alto executivo. E esse leitor e espectador está completamente diferente do o que era antes. Agora, ele também produz: escreve em blogs, faz comentários, pôe sua foto nos flogs, manda para jornais online etc.

Se a discussão sobre a exigência do diploma de jornalismo era um tormento para os profissionais, isso já era. Este leitor-emissor-receptor está mais curioso do que nunca. Se ele ler uma notícia de algo ou alguém num site ou blog, ele vai correndo atrás de um portal de notícias de credibilidade para conferir se é verdade. Então, será que os jornalistas ainda brigam pela exigência do diploma ou vão desperdiçar audiência? O novo consumidor de notícias pode pesquisar notícias velhas ou informações novas no Google também para enriquecer seu comentário no próximo blog da esquina.

Foi como eu escutei de um trabalhador sobre o acidente entre os dois trens ocorrido no Rio: "Isso não pode ficar assim", falou. Ele, talvez, nem possua acesso à internet, nem tanto tempo para se informar, mas já está incluído no perfil exigente de respostas.

Portanto, no mundo de hoje, alguém vai arriscar a ficar calado?

Abraços para o amigo Gil Giardelli.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Querida, estraguei o título!

Estrelado por Jackie Chan, no Brasil, o filme The Tuxedo leva o título de "O Terno de 2 bilhões de doláres". Porém, devemos perguntar a quem traduziu o nome do filme o porquê dele. Em momento algum, o roteiro do longa-metragem fala que o tal smoking custa o tal preço.

Situações como esta o cinéfilo se acostumou quando um filme estrangeiro chega ao Brasil. Um costume bem mais contrariado do que elogiado. Outros exemplos, retirados da comunidade Cinéfilos : Amantes do Cinema, no Orkut, de filmes renomeados, que não foram poupados de críticas: West Side Story , como "Amor, Sublime Amor"; Can't buy me love, transformado em "Namorada de aluguel"...

Mas será alguma teoria conspiratória nacional contra os títulos? Alguma estratégia para derrubar o mercado da indústria cinematográfica? Então, vejamos uma lista de filmes brasileiros lançados recentemente:

- "Caparaó", estreou nesta semana;
- "Ódiquê?";
- "Ó, Pai Ó";
- "Querô";
- "Quanto vale ou é por quilo?";
- "Cafuné";
- "Cafundó";
- "Amarelo Manga";

Em tempo: o americano Little Miss Sunshine(no Brasil, "Pequena Miss Sunshine"), premiado no Oscar, deste ano, como melhor roteiro, ficou assim, em Portugal: "Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos".

Voltaremos ao assunto...